O Dia Internacional da Mulher é celebrado anualmente, no dia 8 de março.
As celebrações do Dia Internacional da Mulher ocorreram a partir de 1909 em diferentes dias de fevereiro e março, a depender do país. A primeira celebração deu-se a 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, seguida de manifestações e marchas em outros países europeus nos anos seguintes, usualmente durante a semana de comemorações da Comuna de Paris, no final de março. As manifestações uniam o movimento socialista, que lutava por igualdade de direitos econômicos, sociais e trabalhistas, ao movimento sufragista, que lutava por igualdade de direitos políticos.
No início de 1917, na Rússia, ocorreram manifestações de trabalhadoras por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Os protestos foram brutalmente reprimidos, precipitando o início da Revolução de 1917. A data da principal manifestação, 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), foi instituída como Dia Internacional da Mulher pelo movimento internacional socialista.
Na década de 1970, o ano de 1975 foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e o dia 8 de março foi adotado como o Dia Internacional da Mulher pelas Nações Unidas, tendo como objetivo lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres, independente de divisões nacionais, étnicas, linguísticas, culturais, econômicas ou políticas.
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Em Portugal, o acesso da mulher ao voto e a outros direitos levou anos a acontecer. Carolina Beatriz Ângelo foi a primeira mulher a votar em Portugal, mas aproveitou um buraco na legislação portuguesa para o fazer.
No primeiro ato eleitoral da recém nascida República, em 1911, era permitido o voto a todos os chefes de família que soubessem ler. Como não era referido o género, Carolina Ângelo, médica, viúva, e por isso, chefe de família, foi uma das pessoas que votou. Seria a única mulher a fazê-lo .
No ato eleitoral de 1913 as mulheres já não podiam votar, pois tinha sido aprovada legislação, que especificava que apenas os homens o podiam fazer.
Em 1928 esta é uma das reivindicações fundamentais do Congresso Feminino de Portugal, mas há outras preocupações que ganham importância relacionadas, nomeadamente, com a questão do corpo e da saúde da mulher.
Temas que vão merecer atenção e causar polémica nas décadas seguintes, nomeadamente, em livros como o de Maria Lamas, “Mulheres do meu país”, ou “Novas Cartas Portuguesas”, textos de um grupo de autoras que ficariam conhecidas como “As Três Marias”.
Sugestão de Série: https://media.rtp.pt/zigzag/destemidas/
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