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Páscoa - à procura das pistas

Para descobrir um pouco mais sobre a Páscoa, fiz uma pesquisa no Google sobre algumas palavras-chave associadas a esta quadra festiva.

PÁSCOA – A Páscoa é para os cristãos a celebração mais importante de todo o calendário religioso. Isto porque, para eles, a paixão e ressurreição de Jesus traz a salvação para toda a humanidade.

Mas, ela já existia antes do nascimento de Cristo. A origem da Páscoa é judaica. Ela nasceu para comemorar o êxodo dos israelitas do Egito, quando eles deixaram de ser escravos e ganharam a liberdade. A palavra Páscoa vem da palavra hebraica pessach, que significa passagem.

Há quem diga que a Páscoa remonta a períodos ainda mais antigos. Quando, durante rituais pagãos das tribos europeias, a deusa da primavera chamada Eostre era adorada. Em inglês, a palavras Easter (Páscoa) teria sido inspirada justamente no nome dela.


DOMINGO DE PÁSCOA -o domingo de Páscoa é comemorado sempre no primeiro domingo após a lua cheia ocorrida com o fim do inverno.


DOMINGOSignifica Dia do Senhor. É o primeiro dia da semana e tem uma vinculação direta com a ideia de início, nascimento, vida. Por isso foi dedicado ao Sol que, com a sua luz, remete ao início de um novo tempo que se inicia no domingo.



EGIPTO - A primeira Páscoa aconteceu no contexto da escravidão dos hebreus no Egito. Esses, originários de Abraão, estabeleceram-se em Canaã e, depois de um tempo de seca e falta de alimentos, mudaram-se para o Egito, local no qual acabaram sendo escravizados. A libertação dos hebreus foi realizada por Moisés, logo após a execução das dez pragas no Egito, segundo a narrativa judaica. A Páscoa judaica aconteceu pouco antes da execução da décima praga, na qual o anjo da morte desceu ao Egito e matou todos os primogênitos daquela terra. O anjo da morte só não passou pelas casas daqueles que haviam seguido as ordens de Javé realizando a festa, da forma conforme havia sido ordenada, e passando o sangue do cordeiro nos umbrais de suas portas. Após a décima praga, os hebreus foram libertos da escravidão e autorizados a retornarem para Canaã.



MOISÉS - Segundo a Bíblia, foi um descendente dos hebreus que obediente a Deus teria libertado seu povo do cativeiro no Egito e liderado uma longa peregrinação até a terra de Canaã. Moisés, filho de Joquebede e Anrão, da tribo de Levi, nasceu no Egito, na época em que o faraó determinou que fossem executados os filhos homens dos hebreus. Moisés foi escondido por três meses, e depois quando não pode mais escondê-lo, sua mãe o colocou em uma cesta de papiro e a escondeu entre os juncos na margem do rio Nilo, enquanto de longe, a irmã dele tudo observava. A criança foi resgatada por uma filha do Faraó Ramsés II que tomava banho no rio. A irmã do menino se ofereceu para conseguir uma ama de leite, assim, ele foi amamentado pela própria mãe. Depois de crescido, o menino foi entregue de volta à filha do Faraó, que lhe deu o nome de Moisés, o educou como nobre, em ambiente palaciano. Passaram os anos e Moisés saiu para ver seus irmãos. Notou que eles eram submetidos a trabalhos forçados e maltratados pelo feitor egípcio. Certo dia matou o feitor e para evitar ser declarado, fugiu para a terra de Madiã. Moisés passou então a viver no deserto, onde trabalhou para o sacerdote Jetro, que tinha sete filhas e uma deles, Séfora, tornou-se mulher de Moisés e lhe deu um filho chamado Gérson. Quando um dia Moisés estava pastoreando o rebanho de seu sogro, no pé do monte Sinai, o anjo de Deus apareceu a Moisés, numa chama de fogo. Das chamas ouviu uma voz que se identificou como Deus, e que anunciou tê-lo escolhido para libertar seu povo do cativeiro egípcio e conduzi-lo à Terra Prometida. Durante a visão, Moisés recebeu poderes especiais e com eles poderia convencer o faraó para libertar seu povo. Moisés voltou ao palácio e fez o pedido ao faraó, mas esse recusou. Ante a recusa do faraó, Moisés fez com que o Egito fosse assolado por dez pragas: transformação da água do rio Nilo em sangue, invasão de rãs, praga de piolhos, invasão de moscas, morte do gado, aparecimento de chagas, chuva de pedras, invasão de gafanhotos, trevas e a última delas, a morte de todos os primogênitos egípcios, que só então convenceu o faraó que decidiu libertar os hebreus. Quando Moisés e seu povo estavam a caminho da Terra Prometida, o faraó voltou atrás e ordenou que suas tropas os perseguissem. Mas Moisés abriu com seu cajado um caminho em meio às águas do Mar Vermelho, e depois da passagem dos hebreus o mar fechou e tragou os soldados do faraó. Ao chegarem ao sopé do Monte Sinai, Moisés se recolheu para o alto da montanha e recebeu de Deus as duas tábuas com os Dez Mandamentos e uma série de leis que passam a regular as relações entre os homens. Durante 40 anos, vagaram pelo deserto, até que morresse toda a geração escrava, para que só os nascidos na liberdade pudessem entrar na Terra Prometida. A Bíblia descreve minuciosamente a odisseia dos hebreus, fatos que iriam influenciar a humanidade por séculos. Quando Moisés passou das planícies de Moab para o monte Nebo, até o cume do Faga, em frente a Jericó, Javé lhe mostrou toda a terra e falou: “Essa é a terra que prometi a Abraão, Isaac e Jacó, quando eu disse: Eu a darei à sua descendência. Eu estou lhe mostrando essa terra, mas você não atravessará até ela”. (Dt 34, 4). Moisés morreu antes de atravessar as fronteiras do solo prometido, tinha cento e vinte anos. Foi sepultado no vale, na terra de Moab, na frente de Bet-Fegor. “Os israelitas choraram por Moisés, nas estepes de Moab, durante trinta dias, até que terminou o luto por Moisés” (Dt 34, 8).



COELHINHOS DA PÁSCOA – A introdução do coelho na cultura ocidental surgiu somente por volta do ano de 1700, trazido pelos Alemães. Na verdade, no início não era um coelho, mas sim uma lebre. Este animal era símbolo de fertilidade devido ao seu alto poder reprodutivo. À época, isso era muito valorizado, pois existia uma alta taxa de mortalidade entre os seres humanos.



NINHOS - Outra lenda conta que o coelho da Páscoa era na verdade um pássaro que pertencia à deusa Eostre, que mais tarde viria a dar o nome em inglês (easter) à festividade. Ele teria se transformado num roedor, mas nunca deixando o espírito original de lado, por isso ele sempre mantinha um ninho com ovos, mesmo sendo um mamífero.

Existe atualmente uma tradição nos países do Hemisfério Norte, das crianças procurarem os ovos de chocolate (“Ovos de Páscoa”) que o coelhinho da Páscoa traz. O coelho era um dos primeiros animais a serem vistos no início da primavera. Isso fez com que o animal passasse a ser visto como um símbolo da renovação e, portanto, da ressurreição. Mas também como símbolo de fertilidade.


OVOS - A crença mais difundida é que muitos povos antigos relacionavam o ovo a um símbolo do início da vida. Em regiões mundo frias, o ovo também era o símbolo do início da primavera, onde surgia vida nova. Esse simbolismo todo foi aproveitado pelo cristianismo que, em regiões como a Grécia e a Síria, pintavam ovos de vermelho em alusão ao sangue de Cristo e presenteavam durante a Páscoa.

Depois de muitos séculos, o interesse comercial viu nesse costume uma grande oportunidade. Daí surgiram também os tradicionais ovos de chocolate, uma adaptação deliciosa da tradição.A decoração de ovos era uma prática realizada por diversas culturas em comemoração do equinócio de primavera (próximo à data que comemoramos a Páscoa). O ovo é considerado um símbolo de renascimento. Os ovos de chocolate só surgiram no século XVIII, por meio de confeiteiros franceses, e, com o tempo, os ovos de galinha decorados que eram trazidos pelos coelhos foram sendo substituídos pelos ovos de chocolate. Luís XV, ofereceu à sua amante Madame du Barry um ovo enorme, com a estátua do Cupido no seu interior. Conta-se que a consorte terá desmaiado com a emoção... Esta criação inspirou o joalheiro Peter Karl Fabergé, na corte russa, a conceber os famosos ovos Fabergé, a partir de 1885, quando o Czar Alexandre III encomendou o primeiro ovo para a sua esposa, Maria Fedorovna. No interior deveria estar uma "surpresa inesquecível", deixada ao critério do joalheiro.


CHOCOLATE - O chocolate foi a última "transformação" dos ovos da Páscoa. A partir do século XVII, quando o cacau começou a chegar do Novo Mundo para o fabrico de chocolate na Europa, estendeu-se ao ovo pascal.


CORES - Da Rússia à Grécia, existe a tradição de pintar os ovos de vermelho, representação do sangue de Cristo. Na Alemanha, por exemplo, os ovos são tendencialmente verdes, de tal modo que a Quinta-Feira Santa é conhecida como "Quinta-feira Verde". Na Arménia, pintam-se motivos religiosos nos ovos – a Virgem Maria ou o Cristo -, e na Polónia são mergulhados em cera, e depois gravados com inscrições. Cada país desenvolveu as suas tradições. Na Alemanha, a tradição é pintar os ovos cozidos, bem coloridos ou esvaziá-los (há técnicas para isso!) para pendurar nas plantas, como se fosse uma “árvore de Páscoa”, que simboliza a fertilidade, a vida, motivo pelo qual o coelho é o responsável por trazê-los.


QUARESMA – É o primeiro tempo da celebração anual da Páscoa. É o período de quarenta dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa, em que os cristãos buscam uma maior conversão espiritual, por meio do jejum, da penitência e da oração, também para recordar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos por Ele suportados na Cruz. Começa na Quarta-Feira de Cinzas (depois do Carnaval).


JEJUM DA QUARESMA – O jejum é uma prática do dever cristão, principalmente no período de 40 dias de Quaresma que antecede a Páscoa. A lei canônica fala da obrigação da abstinência de carne para pessoas entre os 14 e os 60 anos no primeiro e no último dia da Quaresma. Um deles é quebrado na parede da igreja – e esse é o primeiro ovo a comer-se após o jejum da Quaresma.


RESSUREIÇÃO – A Ressurreição de Jesus é a fé cristã de que Jesus Cristo retornou à vida no domingo seguinte à sexta-feira na qual ele foi crucificado. É uma doutrina central da fé e da teologia cristã e parte do Credo Niceno: "Ressuscitou dos mortos ao terceiro dia, conforme as Escrituras".



FOLAR – Inicialmente chamado de folore, o bolo veio, com o tempo, a ficar conhecido como folar e tornou-se numa tradição que celebra a amizade e a reconciliação. Durante as festividades cristãs da Páscoa, os afilhados costumam levar, no Domingo de Ramos, um ramo de violetas à madrinha de batismo e esta, no Domingo de Páscoa, oferece-lhe em retribuição um folar. Reza a lenda que, numa aldeia portuguesa, vivia uma jovem chamada Mariana que tinha como único desejo na vida o de casar cedo. Sendo devota de Santa Catarina, tanto rezou a esta Santa da sua devoção que a sua vontade se realizou e logo lhe surgiram dois pretendentes: um fidalgo rico e um lavrador pobre, de seu nome Amaro, ambos jovens e belos. Reza ainda a lenda que enquanto Mariana estava concentrada na sua oração, bateu à porta Amaro, o lavrador pobre, a pedir-lhe uma resposta e marcando-lhe como data limite, o Domingo de Ramos. Passado pouco tempo, naquele mesmo dia, apareceu o fidalgo a pedir-lhe também uma decisão. Perante este dilema Mariana não sabia o que fazer. Chegado o Domingo de Ramos, uma vizinha foi muito aflita avisar Mariana que o fidalgo e o lavrador se tinham encontrado a caminho da sua casa e que, naquele momento, travavam uma luta de morte. Mariana correu até ao lugar onde os dois se defrontavam e foi então que, depois de pedir ajuda a Santa Catarina, Mariana soltou o nome de Amaro, o lavrador pobre. Na véspera do Domingo de Páscoa, Mariana andava atormentada, porque lhe tinham dito que o fidalgo apareceria no dia do casamento para matar Amaro. Mariana rezou a Santa Catarina e a imagem da Santa, segundo reza a lenda, sorriu-lhe. No dia seguinte, Mariana foi pôr flores no altar da Santa e quando chegou a casa, verificou que, em cima da mesa, estava um grande bolo com ovos inteiros, rodeado de flores, as mesmas que Mariana tinha posto no altar. Correu para casa de Amaro, mas encontrou-o no caminho e este contou-lhe que também tinha recebido um bolo semelhante. Pensando ter sido ideia do fidalgo, dirigiram-se a sua casa para lhe agradecer, mas este também tinha recebido o mesmo tipo de bolo. Desta forma todos ficaram em paz e união. Mariana ficou convencida de que tudo tinha sido obra de Santa Catarina. Sendo a Páscoa a festa que comemora a Ressurreição de Jesus, está associada a práticas alimentares em que os ovos, as amêndoas, os cordeiros assim como os folares ocupam o primeiro lugar. Inicialmente chamado de folore, o bolo veio, com o tempo, a ficar conhecido como folar e tornou-se numa tradição que celebra a amizade e a reconciliação. Durante as festividades cristãs da Páscoa, os afilhados costumam levar, no Domingo de Ramos, um ramo de violetas à madrinha de baptismo e esta, no Domingo de Páscoa, oferece-lhe em retribuição um folar. Esta tradição de oferecer folares na Páscoa, estende-se também a familiares e a pessoas das quais se gosta. Por tradição, o folar é também servido aos convidados do chamado Compasso Pascal, tradição cristã portuguesa que consiste na vista casa a casa de um pequeno grupo de paroquianos, com ou sem o seu pároco, acompanhados de um crucifixo que representa a presença de Jesus vivo.

O bolo folar pode conter ovos, que é um dos símbolos associados à Páscoa, já que simbolizam a vida e a fertilidade, incluídos nesta época festiva. O folar tem particular relevância, havendo diferentes tipos, tão diferentes que o folar transmontano, por exemplo, só tem com o da Estremadura dois pontos em comum: o nome em si e a referência à Páscoa. O folar mais corrente em Portugal é um bolo de massa seca, doce e ligada. É feito com farinha de trigo, ovos, leite, azeite, banha ou pingue (gordura), açúcar, fermento, sendo condimentado com canela e erva-doce. Resultando uma espécie de bolo fogaça, encimado, conforme o seu tamanho, por um ou vários ovos cozidos inteiros com casca, havendo em certos locais a tradição de os tingir com cores (simbolizando a vida e nascimento), sendo estes incrustados e visíveis sob as tiras de massa que o recobrem. Por fim e antes de ir cozer ao forno, são pincelados com gema de ovo. Acrescente-se, contudo, que a tradição deste doce, o folar, qualquer que ele seja, assenta no ritual de dádiva, solidariedade e convívio, profundamente enraizados na sociedade portuguesa neste período do ano. A Páscoa...


SEXTA-FEIRA SANTA - Sexta-feira Santa ou Sexta-Feira da Paixão ou Sexta-Feira Maior é uma data religiosa cristã que relembra a crucificação de Jesus Cristo e sua morte no Calvário. O feriado é observado sempre na sexta-feira que antecede o Domingo de Páscoa, o sexto dia da Semana Santa no cristianismo ocidental e o sétimo no cristianismo oriental (que conta também o Sábado de Lázaro, anterior ao Domingo de Ramos). É o primeiro dia (que começa na noite da celebração da Missa da Ceia do Senhor) do Tríduo Pascal e pode coincidir com a data da Páscoa judaica.

Este dia é considerado um feriado nacional em muitos países pelo mundo todo e em grande parte do ocidente, especialmente as nações de maioria cristã.


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