Fomos convidados a participar no Restauro Ecológico da Galeria Ripícola das Hortas do Texugo, ou seja, apoiar o ecossistema a recuperar o seu equilíbrio, fortalecendo as suas funções.
O local:
As hortas municipais da Quinta do Texugo foram aí implantadas para ajudar à retenção da água, que no inverno provocava derrocadas e inundações na zona.
O Restauro ecológico é um processo contínuo de apoio ao restabelecimento de um
ecossistema que foi degradado, danificado ou destruído, até que se torne autossustentável.
O objetivo do restauro ecológico deste sistema húmido é a promoção das funções ecológicas e serviços ambientais fornecidos:
- Serviços de suporte e regulação: promoção da biodiversidade silvestre e dos auxiliares agrícolas, proteção dos habitats e do corredor ecológico da charneca;
- serviços de aprovisionamento: proteção dos solos e das hortas;
- serviços de regulação: contributo para o Balanço de CO2 através do efeito de sumidouro da vegetação, controlo da erosão de taludes e perda de solos e regulação microclimática, promoção da infiltração e controlo de cheias;
- serviços culturais: lazer, recreio, saúde, educação, sentido de pertença e comunidade.
O aumento da biodiversidade permite fazer uma regulação do ciclo da água, enriquecimento do solo, retenção de CO2, proteção das pragas e doenças das hortas e ligação do corredor ecológico à área protegida.
Estivemos a plantar árvores e arbustos (dia da Mãe - 2 de maio) na primeira linha (a verde) que fica mais perto da linha de água. Abrimos um buraco, colocámos lamas e folhas (vindas do Parque da Paz).
Nós colocámos um Choupo Branco.
Mas também foram plantados (ou serão) as seguintes árvores:
- Amieiros (Alnus glutinosa)
- Freixos (Fraxinus angustifolia)
- Ulmeiros (Ulmus minor)
- Nogueiras (Juglans nigra)
- Carvalhos-portugueses (Quercus faginea)
- Pinheiros-mansos (Pinus pinea)
- Lódãos-bastardos (Celis australis)
- Sobreiros (Quercus suber)
E os seguintes arbustos:
- Salgueiro-negro (Salix atrocinerea)
- Sanguinho-de-água (Frangula alnus)
- Murta (Myrtus communis)
- Pereira-brava (Pyrus bourgaeana)
- Aroeira (Pistacia lentiscus)
- Medronheiro (Arbutus unedo)
- Carrasco (Quercus coccifera)
- Saganho-mouro (Cistus salviifolius)
- Rosmaninho (Lavandula stoechas)
Nesta área a verde:
Seguindo esta lógica de plantação:
A seguinte fase será a colocação da 2ª linha de plantação com espécies mais mediterrânicas como o sobreiro e o pinheiro.
Este foi um projeto dinamizado pela Câmara Municipal de Almada, lançado o desafio no dia da Terra (22 de abril - reunião de arranque).