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  • Foto do escritorAfonso

Vespas asiáticas

Atualizado: 12 de mai. de 2022

No passado dia 17 de setembro, avistamos uma vespa asiática perto da nossa casa.


Tínhamos algumas dúvidas e por isso tirámos uma fotografia e consultámos a internet para confirmar.


Se tiveres dúvidas, fica aqui a descrição da vespa asiática (ou vespa velutina):


Em Portugal, as vespas nativas, são as vespas cabro, podes ver a diferença entre elas aqui:


Em Portugal, as vespas nativas, são as vespas cabro, podes ver a diferença entre elas aqui:




Mas como elas vieram aqui parar??

Parece que desde 2011 que são avistadas em Portugal, na realidade foi no Norte que houve os primeiros avistamentos. Mas infelizmente já se espalharam por todo o país.

Como podemos ver no mapa disponibilizado na plataforma STOPVESPA.


A “vespa velutina nigrithorax, mais conhecida por vespa asiática, é uma espécie autóctone da Ásia, proveniente de regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia, do leste da China, da Indochina e do arquipélago da Indonésia”.



Os “especialistas indicam que a espécie chegou à Europa pelo porto de Bordéus, em 2004, através de um carregamento hortícola proveniente da China”, mas será que tudo o que vem da China é MAU???


“Quanto a Portugal, não há certezas de como terá chegado, mas a teoria defendida é que chegaram num carregamento de madeira oriundo de França e descarregado no porto de Viana de Castelo”, É A GLOBALIZAÇÃO!


Esta espécie invasora representa uma ameaça crescente tanto para as abelhas, como para os humanos.


AMEAÇA PARA OS HUMANOS


“As vespas asiáticas, apesar de não serem mais venenosas do que a vespa europeia, são mais rápidas e agressivas. Têm um comportamento mais defensivo e surgem em grande número para defender o vespeiro […] No caso de sentirem os ninhos ameaçados, reagem de modo bastante agressivo, incluindo perseguições até algumas centenas de metros”, alerta a DGS.


“Para os humanos o maior perigo não é, como já dissemos, causado pela quantidade de veneno numa só vespa, mas sim pela possibilidade de uma vespa se sentir em perigo e atacar com o auxílio das companheiras. Nesse caso, a concentração de veneno pode ser tão elevada que provoca uma reação alérgica que pode ser grave, a ponto de se tornar fatal”.


AMEAÇA PARA O AMBIENTE


A vespa asiática é um problema para a sustentabilidade da apicultura em território nacional, pois é um predador da abelha europeia e os apicultores estão preocupados com esta ameaçadora praga, pois já provocou uma enorme quebra na produção de mel, sobretudo no Norte do País.


As vespas matam-nas. Agarram-nas e levam-nos para uns metros de distância, para lhes cortar a cabeça, as asas e o ferrão. Só levam o tórax para o ninho, que é a parte mais rica em proteínas.


Os ataques a apiários ocorrem, sobretudo, entre o início do verão até ao outono, altura em que as vespas precisam de alimentar as crias.


A predominância da vespa velutina é considerada um perigo a nível ecológico, ambiental e socioeconómico, uma vez que para além de abelhas, também se alimenta de outros insetos polinizadores, pondo em risco a biodiversidade, o processo de polinização vegetal e a produção de mel.


A VIDA DA VESPA ASIÁTICA


“As colónias desta espécie são anuais e têm início na primavera, altura em que a rainha-fundadora acorda da hibernação e cria as primeiras obreiras num primeiro ninho. Quando a colónia já está desenvolvida trocam para um segundo ninho, no qual ficam até ao final do inverno do ano seguinte, altura em que a rainha morre e as sucessoras abandonam o vespeiro, acasalam e hibernam fora do ninho, em locais seguros, para garantir um novo processo no início da estação seguinte”.


Clicar na imagem para ver os diferentes ninhos existentes



Clicar na imagem para ver as diferentes espécies existentes


O QUE FAZER?


1. ALERTAR AS AUTORIDADES


Devemos alertar as autoridades sempre que forem avistadas vespas asiáticas ou ninhos, para que se proceda à sua exterminação. Apenas pessoas qualificadas devem remover os ninhos.


Podemos fazê-lo através dos seguintes meios:

- App SOS-VESPA

- Linha SOS Ambiente (808 200 520)


Nós reportámos através do site:



2. CONSTRUIR ARMADILHAS CASEIRAS




Já se tentou infetar vespas para que contaminassem o ninho, mas rapidamente elas se adaptaram.


“Pincelávamos um bocadinho de produto entre as asas e quando elas regressavam ao ninho, as outras vespas limpavam-nas e acabavam todas por ficar infetadas e morrer. Mas agora elas adaptaram-se e não as deixam entrar no vespeiro. No início ainda resultava, mas elas são mais espertas do que nós”.


Mas…nem tudo são más notícias! Parece que temos uma inovação em Portugal, feita por estudantes portugueses:



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